Só pelo desenho já dá pra imaginar o que aconteceu comigo, né? Terça-feira, dia 21 de abril começou uma dor nas minhas costas, bem na linha da cintura. Não dei atenção porque essa dor já é minha perceira. Tenho problemas no ciático e ele começa a me encomodar sempre com essa dorzinha. Mal sabia eu que isso ia me prender a uma cama de hospital por 4 dias !!!. Saí hoje, mas ainda sinto as dores nas costas. Vou explicar direitinho o que houve pra servir de alerta a outras mulheres, que estando ou não grávidas podem apresentar esses mesmo sintomas e como eu, não dar muita atenção.
Como eu disse, tudo começou com uma dorzinha nas costas, bem na linha da cintura, de fora a fora na parte de trás apenas. Não senti dores na frente, na barriga, na bexiga ou pra urinar, que fique bem claro. Isso começou as 11h da manhã. Quando foi 21h horas as dores estavam terríveis e mesmo assim me fiz de forte, tomei um banho quente e deitei. Vocês podem não acreditar, mas de madrugada acordei soluçando de dor. Nunca tinha sentido aquilo em toda a minha vida. Eu estava paralisada na cama. Não podia mexer um dedo sequer. Me sentia como se tivesse sido stropelada e os meus ossos estivessem em farelos, como quebrar um copo, cheia de cacos !! Mesmo assim, apenas chorei e me conformei com a situação. Esperei amanhecer, conseguir sair da cama e só então liguei pra minha médica. Fui ao consultório, fez um ultra, estava tudo bem com o bebê, não viu nenhuma alteração nos rins, mas quando apalpou minha barriga e fez uns testes com minhas pernas eu gritei de dor. Nesse momento ela achou por bem me internar. O diagnóstico: talvez apendicite. Ficamos apavorados com essa possibilidade.
Fui internada, me deram medicação pra dor e começaram a colher material pra exames. Fiz milhares de exames de sangue. Na coleta de urina apareceu uma infecção urinária grave. Meus rins não mostraram nenhum cálculo mas segundo a explicação da médica e do urologista, a mulher grávida tem os ureteres dilatados, o que leva o cálculo para esse canal e ali causa uma mestátase. Com o ultrassom a gente não vê porque todos esses órgãos estão escondidos atás do útero, placenta, bebê... Não posso fazer outro tipo de exame pra constatar o problema. O tratamento é apenas com buscopã e aguentar a dor. Fiz isso durante 4 dias e ainda estou com dor. Estou tomando o antibiótico pra controlar a infecção urinária, tomando paracetamol pra dor e buscopã caso os rins comecem a doer ainda mais.
No segundo dia de internamento urinei sangue. Tive problemas com o buscopã na veia também. Ele me baixou muito a pressão provocando crises de vômito. Passei o dia inteiro sem poder por nada ba boca, nem água. O bebê, graças a Deus não sofreu com tudo isso. Está firme e forte. Com 16 semanas e 11,5 cm. Serelepe demais, pulando e chutando como doido. Pra vocês terem ideia do que é uma infecção urinária grave deem uma olhada nesse site onde fala daquela modelo que teve pés e maos amputados e veio a falecer devido um mal tratamento da infecção. Separei também um trechinho do texto que saiu no site GUIA DO BEBÊ e que explica exatamente o que aconteceu comigo:
"...a mais grave é a pielonefrite, que acomete os rins. A infecção leve pode ser assintomática, mas, na maioria das vezes, a infecção se agrava levando aos sintomas como dor e ardor ao urinar, sensação de desejo de urinar, vontade freqüente de urinar com pouca quantidade de xixi e mudanças no cheiro e na cor da urina.
Nos casos mais graves, os sintomas são náuseas, vômitos, febre, urina turva com odor, calafrios e uma dor intensa na região lombar (rins) - foi o que aconteceu comigo, e nem estou no fim da gestação - ocorrem geralmente no último trimestre da gestação.
As toxinas liberadas pelas bactérias desse tipo mais grave de infecção urinária podem causar contrações do útero, levando ao trabalho de parto prematuro, abortamentos, hipertensão arterial, morte do bebê e até mesmo da mãe quando a infecção se torna severa e generalizada.
As pielonefrites ocorrem após as infecções assintomáticas (que não apresentam sinais da infecção). Por isso a importância de se descobrir as infecções urinárias logo no início para que o tratamento seja realizado antes que a situação piore para mamãe e bebê".
Nos casos mais graves, os sintomas são náuseas, vômitos, febre, urina turva com odor, calafrios e uma dor intensa na região lombar (rins) - foi o que aconteceu comigo, e nem estou no fim da gestação - ocorrem geralmente no último trimestre da gestação.
As toxinas liberadas pelas bactérias desse tipo mais grave de infecção urinária podem causar contrações do útero, levando ao trabalho de parto prematuro, abortamentos, hipertensão arterial, morte do bebê e até mesmo da mãe quando a infecção se torna severa e generalizada.
As pielonefrites ocorrem após as infecções assintomáticas (que não apresentam sinais da infecção). Por isso a importância de se descobrir as infecções urinárias logo no início para que o tratamento seja realizado antes que a situação piore para mamãe e bebê".
Bom, por tudo isso, justifico o meu sumiço. Espero poder ajudar outras pessoas contando como ocorreu comigo. Eu estava ótima. Animada. Voltando de uma viagem deliciosa. Não cometi nenhum abuso. Não fui relapsa com a minha saúde. Mas aconteceu.
Cuidem-se.