Faz tempo que venho pensando nesse post. Mas como não sou especialista em viagens fico um pouco receosa de escrever sobre o assunto, já que pesquisando um pouco, a gente acha vários blogs especialistas em viagem. Portanto, vou ser bem específica na minha prática.
Uma coisa é você viajar com 1 filho, outra coisa bem diferente é viajar com 2. Mas só fui perceber isso, depois da minha primeira viagem sendo mãe de dois, óbvio. Sim, mas só ficou óbvio depois que senti na pele o drama rs.
A minha vida passa por várias etapas de viagem: com turma de amigos, sozinha, solteira, casada, com filhos. Não me perguntem qual é a melhor opção porque cada uma dessa situações vivi em períodos diferentes da minha vida, e pra mim, a melhor época da vida é a atual, portanto, impossível nominar uma. Mas vamos lá, viajar com 2 filhos de idades bem diferentes gera um pequeno stress na primeira vez. É algo inusitado, novo, desconhecido. Depois a gente acaba se adaptando, pois tudo na vida leva a isso.
A nossa primeira viagem com 2 filhos foi quando o Adriel estava com 3 meses e fomos pra Curitiba assistir ao Cirque de Soleil. Chegando lá, eu quis fazer tudo que sempre fazia nas minhas outras idas à cidade, que geralmente se resume a shopping, feirinha, rua e shopping de novo. Pra isso contava com a ajuda do super marido que ficava com a Kiara pra eu poder passear tranquila entre as araras das C&As da vida. Tá, fomos pro shopping e dividimos as crias, Iri com Kiara e eu com Adriel, meigo, fofo e sonolento no carrinho. Vocês acreditam que eu não consegui fazer nada? é quase nada, porque uma coisinha ou outra a gente acaba pegando por impulso e medo de não voltar à loja. Fiquei bem chateada e até um pouco irritada naquele dia, de volta ao hotel. Mas tudo bem, nunca mais programei viagem de compras com filho pequeno, e ele já está com 10 meses.
Esse foi só um exemplo simples do que não devemos fazer com filhos pequenos, a não ser que leve uma babá junto pra ficar com seu filho enquanto você bate pernas.
NO CARRO: assim que o segundinho nasceu, tratamos de comprar um carro bem maior pra caber toda a tranqueira, mas depois da viagem de 1 semana pra São Paulo percebemos que ainda não está grande o suficiente, e acho que a melhor escolha será comprar um trailler e engatar atrás do carro ou pelo menos uma carretinha daquelas que os farofeiros adoram engatar na traseira do carro que leva até fogão e geladeira se for o caso.
Pra distrair as crianças a nossa melhor aquisição, desde que a Kiara tinha 1 aninho, foi um dvd portátil. Engato ele no encosto de cabeça dianteiro, coloco um desenho e a menina nem pisca, ou melhor, nem piscava, porque hoje em dia ela não se interessa mais por assistir filminho no carro, o seu mais novo passatempo é a cada 2 minutos perguntar: tá chegando? falta muito?. Outra coisa importante é ter sacolinhas descartáveis, pras ecomães vale a de papel, mas eu uso de plástico mesmo, sempre à mão no caso da criança vomitar. A minha filha vomita sempre, mesmo tomando dramim, então eu carrego a sacola e uma toalha de banho, sem contar que levo mais uma muda de roupa e uma garrafa de água fora do gelo pra dar uma lavada na garota no meio da estrada. A água fora do gelo eu ressalto porque um dia, minha enteada, com 5 anos vomitou logo no início da viagem e eu só tinha água bem gelada, a coitadinha tremia de frio, mas não teve outro jeito, desde então, sempre levo uma água sem gelo pra esses momentos.
FAROFA-FÁ: lembro que quando eu e o Iri viajávamos, tinhamos apenas água e umas balas no carro. Agora começo a arrumar com uns 3 dias de antecedência a cesta de comida pras crianças. Nessas horas não fico só no saudável e levo o que minha filha gosta de comer, vale um pouco de tudo pra viagem se tornar menos enfadonha. Comprei um pote com uns 40cm de altura e 30cm de largura, com tampa e alça, onde cabem frutas, sucos, achocolatado, biscoitos, pano de prato, colher, faca e as papinhas do Adriel. Num isopor pequeno coloco os iogurtes, uma garrafa de água e um suco. Deixo tudo à mão, geralmente embaixo do banco do Adriel, que ainda não tem pernas compridas e dá pra acomodar por ali um monte de coisas. Gente, vocês não sabem como é bom levar todas essas coisas, já fui salva até pra mim com as guloseimas das crianças. O único inconveniente é descer toda essa bagagem no hotel, que mais parece uma mudança.
Durante a viagem: haja paciência. Rezamos pra Adriel dormir e pra Kiara não vomitar. Não adianta querer correr. A viagem sempre demora mais com eles, o número das paradas é maior, o tempo de cada uma também. Aquela história de pegar a estrada a qualquer hora do dia não funciona mais pra gente, isso ficou lá nos primórdios de quando éramos 2. Chega um momento que Adriel não quer mais saber da cadeirinha. O que fazer? a gente pára, toma um ar, descansa, mas tem que entrar no carro de novo. E ele continua não querendo saber de ficar preso. Aí, eu ou o Iri, vai pro banco de trás, tira ele da cadeira e fica com ele no colo. Sei que é perigoso, mas ou é assim ou a gente não viaja. Ah, também ficamos na torcida pra não ter trânsito e o tempo passar mais rápido do que o normal pra chegar logo ao fim a viagem.
HOTEL: nem pense em sair de casa sem reserva de hotel. É pedir pra morrer. Existe hotel pra cada fase da criança. Nesse momento eu volto à fase de apart hotel. Preciso de pelo menos um microondas no quarto, senão a vida complica. E o bom deles é que são mais espaçosos, as crianças se sentem mais a vontade, tem uma mini cozinha e em alguns tem até um tanque, que, vai por mim, é muito útil pois já tive que lavar roupa da Kiara suja de tinta. O problema é que esses hotéis geralmente não ficam no melhor endereço e aí tem que sair de carro pra todo lado. Na hora da reserva já pergunte se tem berço e banheira pras crianças e peça pra deixar montado no quarto antes da sua chegada. Algumas vezes já me aconteceu de demorar tanto pra trazer essas coisas que tive que improvisar o banho porque queríamos sair logo. Sempre peço junto com a banheira uma garrafa de álcool. Esterilizo bem a banheira e todo o banheiro rs não sou doida, só precavida, sei lá como é que foi a limpeza do local né? Outro dia pedi o álcool e o hotel disse que não tinha. Comprei uma garrafinha e agora é mais uma coisa que coloco na mala, além do que, o álcool é ótimo pra por no banho, bem pouquinho, que ajuda a criança a se recuperar da viagem, ele relaxa.
Bem gente, o texto ficou enoooooooorme, e ainda nem falei tudo. Então resolvi deixar em partes pra ficar mais fácil de ler e também de me organizar nos pensamentos e dicas.
bjks