Antes de falar do restaurante, devo dizer que me esqueci a câmera no hotel, portanto, fico devendo as fotos dos pratos e dos ambientes.
Estávamos prontos para sair. Coloquei minha melhor roupa, fiz até maquiagem. Dessa vez as crianças ficariam com Gil no hotel e teríamos uma noite a dois, num restaurante fino. Estava bem feliz em poder sair e deixar as crianças em segurança e também poder ficar a sós com o marido por algumas horas. Mas como nem tudo são flores, recebemos uma ligação daqui de casa. Em pleno domingo? naquele horário? hum. Apreensivos e já deduzindo o que tinha acontecido recebemos a notícia que não queríamos ouvir: nossa casa tinha sido assaltada. Pronto. Esqueça restaurante, maquiagem, viagem. Só queria voltar para casa. Felizmente, conseguimos resolver por telefone e decidimos deixar para chorar ou não, quando voltássemos para casa. Por esse motivo, acabei esquecendo a câmera, nosso jantar não foi tão bom e voltamos logo para o hotel.
O Abade fica a 1300 metros do Serhs. Se não fosse pelo salto alto e pelo vento insistente, daria pra ir a pé, numa boa, mas preferimos pegar um taxi. Pra quem não conhece Natal, o Serhs fica na frente de uma rodovia, foi o último hotel a ser construído naquela região, atrás do hotel e da rodovia há uma área de proteção ambiental, são dunas permanentes que estão cercadas por grades. Porcausa disso, o hotel não ganhou liberação pra construir na sua entrada uma rotatória. Isso faz o preço do táxi dobrar para quem vai do hotel em direção de Ponta Negra. Para se ter uma ideia, o taxi que pegamos para ir ao Abade custou R$17 reais a ida e a volta custou R$8,00.
O Abade fica ao lado do
Guinza outro restaurante mega recomendado e creio eu, pra se adaptar, resolveu misturar um monte de coisas numa só, mas vale a pena, é um ambiente charmoso e tem gente circulando o dia todo.
Voltando ao Abade. Ele é lindo. Teto baixo, intimista. Luz indireta, ambiente próprio pra um romance, móveis clássicos, papel de parede... Mais uma vez vou falar do ar condicionado, muito gelado, pedimos uma mesa num cantinho onde o ar não pegava tanto e como o restaurante estava vazio pedi pra diminuir o gelo. Na mesa tinha uma vela. Uma coisa que eu gostei é que eles têm um cardápio de cervejas onde vem bem explicadinho a composição e com que tipo de prato ela combina. Escolhemos uma muito gostosa, está acima a foto dela.
Quando chegamos pedimos de entrada
Torradinhas de parmesão com 2 sabores de patê (estava delicioso) e 2 caipifrutas. Eu pedi cajá e o Iri pediu pitanga. Sabe o que veio? Um copo cheio de gelo triturado e saborizado, não estava ruim, mas não era o que nós queríamos. Infelizmente, em nada lembra caipira. Fico com pena pois o restaurante, apesar de vazio, tinha um grupo de japoneses, e fico imaginando que impressão de caipira levaram daqui.
Ainda pedimos uns
bolinhos de bacalhau que estavam supimpas. Gostaria de saber o segredo de deixar crocante por fora e macio por dentro. O tempero estava divino. Para o jantar o Iri pediu o
Camarão Abade (grelhado com cogumelos, alcaparras e palmito, vem com arroz de brócolis). Eu provei só o arroz do prato dele, estava maravilhoso, mais parecia um risoto. Eu pedi
camarão com ervas frescas (camarões selecionados, grelhados na manteiga de ervas frescas acompanhado com risoto de legumes e tomate seco). Sensacional. A apresentação dos pratos é maravilhosa, foi uma pena ter esquecido a câmera. Procurei no google, mas não achei fotos dos pratos pra mostrar aqui.
A sobremesa não pedimos de novo, mas dessa vez foi porque não me chamou atenção nenhum dos itens disponíveis no cardápio. Nada de mais que me fizesse fugir tanto assim da dieta. Preferi comer um chocolatinho no hotel.
A conta girou em torno dos R$170 reais para dois. Dizem que esse é o restaurante das estrelas. Qualquer famoso que vá a Natal passa pelo Abade.
Beijusssssssssss